29 agosto, 2011

Kathmandu, Nepal

Bodhnath

Kathmandu Durban Square
Aqui tudo tem preços diferenciados para locais e turistas, barganhe sempre, ofereça metade e seja firme.

Templo Pashupatinath e os ghats, à margem do Rio Bagmati  
Templo de Swayambhunath 


O que traz um viajante ao Nepal, na maioria das vezes, são as suas montanhas, com os picos mais altos do mundo, como o Everest, o Annapurna e  outros do Himalaya. Mas o Nepal, definitivamente, não é só para quem quer subir montanha. O que mais nos chamou a atenção foram as magníficas praças reais, as Durban Square, com seus preciosos palácios, belas construções Newrar, templos budistas e hindus antiquíssimos, pena que mal conservados.
Aqui há uma concentração enorme de templos, basta dar poucos passos para encontrar um templo, um santuário ou uma escultura. Em nenhum outro país encontramos o budismo e o hinduismo tão junto e misturado. Aqui é assim... Tudo quase uma coisa só, mesmo sem ser!

Kathmandu
Chegamos com poucas expectativas, esperando encontrar aqui apenas uma extensão da Índia, puro engano nosso. E então, tivemos uma ótima surpresa, os nepaleses são amáveis, tem um jeito de nos abordar muito mais leve, delicados e o melhor, são verdadeiramente simpáticos. Foi muito bom esperar pouco daqui, porque quando chegamos, ficamos encantados!
Apesar de ser uma cidade grande, cheia de gente, trânsito caótico, extremamente poluída, muitíssimo pobre, pessoas pedindo dinheiro e outras oferecendo maconha o tempo todo nas ruas, a cidade e principalmente o bairro Thamel é arrumadinho, charmoso e extremamente aconchegante. Cheio de pâtisseries com deliciosos pães e bolos de cenoura e de banana, fofinhos e saborosos. Charmosos restaurantes italianos, o legitimo Illy Café, agências de viagens e casas de massagens convidativas, lojas que vendem de roupas para trekking á roupinhas fashion, restaurantes a luz de velas, porque falta energia e restaurantes que poderiam estar em qualquer cidade do primeiro mundo. Tudo isso esta concentrado no Thamel, o bairro mais turístico da cidade e passear por lá é uma delícia.
Não faça de Kathmandu apenas o ponto de chegada ou partida no Nepal. Ela merece mais!!!

Essencial
Kathmandu Durban Square, é no centro de Kathmandu. Super rica, com o antigo palácio real, várias belas construções e templos, a maioria dos séculos 17 e 18. Pena que está tudo muito mal cuidado. Tem também um museu, que é aberto das 10h30 às 16h00 de Fevereiro à Outubro, das 10h30 às 15h00 de Novembro à Janeiro e das 10h30 às 14h00 aos Domingos, custa 250 rúpias (U$3,45) para entrar. Pegamos um rickshaw no Thamel e pagamos ida e volta 300 rúpias (U$4,20).
Templo de Swayambhunath, um templo budista que começou a ser construído no século 5 e hoje é conhecido também como “templo dos macacos”, porque tem muitos deles por ali. Compensa ir até o topo, no alto de uma colina, onde se tem a melhor vista para o vale de Kathmandu e um templo vivo, com muitas pessoas orando, cantando e ofertando suas prendas a Buda. A ida ao templo é definitivamente uma das melhores experiências de Kathmandu. Custa U$200 rúpias (U$2,80) para entrar.
Garden of Dreams, a apenas 5 minutos do Thamel, tem lindos jardins, tudo muito bem cuidado, impecável! O lugar é um sossego, ótimo para um escape do trânsito infernal. Custa 160 rúpias (U$2,20). Dentro tem um restaurante, o Kaiser Café.

Ao redor da cidade, no vale do Kathmandu
No Nepal existem 3 praças de Durbar Square, as Praças do Palácio. Uma em kathmandu, outra em Patan e outra em Bhaktapur, todas foram cidades reais. Todas as praças são muito similares, cheio de lindos templos budistas e hindus juntos, verdadeiro museu à céu aberto. 
- Templo Pashupatinath, é o principal templo hindu e o mais antigo do Nepal, dedicado a Shiva e está às margens do Rio Bagmati. O rio, junto com Pashupatinath é tão importante e sagrado no Nepal como o Ganges e Varanasi, é para a Índia. Aqui também há ghats, os crematórios a beira do rio. Custa 500 rúpias (U$7,00) para entrar complexo. E no templo principal, só hindus podem entrar.
Importante: Você deve estar pronto para assistir corpos sendo preparados e cremados à vista de todos e a olhos nus, não dá para fugir da cena, é inevitável! É uma impressão muito ruim, é mórbido! Se não tiver preparado é melhor não entrar.
- Bodhnath, por volta de 5 quilômetros do centro da capital. Tem uma das maiores e das mais antigas estupas budistas do mundo, foi construída por volta do século 7 e destruída pelos invasores mongóis no século 14 e tudo que vemos hoje foi reconstruído, não é original. A maioria dos tibetanos exilados, do Tibet vivem em Bodhnath, e o interessante é que depois de 1959, quando a China invadiu o Tibet, aumentaram muito a quantidade de monastérios aqui, devido aos muitos monges tibetanos que vieram pra cá.
Historicamente, a estupa era um importante ponto de passagem dos comerciantes que faziam a rota Lhasa-Katmandu, eles passavam ali para orar e pedir por uma viagem segura, antes se seguir o caminho em seus “Yaks”,   para cruzar o Himalaia até chegar a Lhasa. Custa 150 rúpias para entrar.  
- Patan, a cidade de Patan é no subúrbio de Kathmandu, nem dá para perceber que mudamos de cidade, são só 5 km de distância. Lá tem uma das três Durbar Square, a Praça do Palácio, com o antigo Palácio Real, super rico em detalhes e templos budistas e hindus. Vale visitar o Museu de Patan, ali está tudo sobre o budismo e o hinduísmo no Nepal. Fica também no Durbar Square. Custa 250 rúpias para entrar.
- Bhaktapur, a 1 hora de Kathmandu.
Dica: Um táxi por 8 horas, para nos levar no Kathmandu Durbar Square, Templo e Ghat de Pashupatinath, Templo Boudhanath, Patan Durbar Square, Templo de Swayambhunath (Monkey Temple), custou 2.000 rúpias (U$27,60).

Hotel
O melhor é dormir no bairro Thamel, o bairro mais turístico de Kathmandu, onde estão restaurantes, agências, lojas e perto de tudo. Vão aqui algumas opções no Thamel...

Dormindo em hostel por U$10
Family Peace House, básico, limpo, confortável, com água quente, Wi Fi gratuito, sem o barulho do Thamel e os funcionários são super prestativos, arrumam táxi e tudo... pela pechincha de U$10 por um double room, às vezes no Hostel World, é mais barato do que no próprio site deles. 

Pagando só um pouquinho mais e dormindo melhor, em um dos melhores custo X benefício da cidade...
Hotel Ganesh Himal, recomendado pelo Lonely Planet 
e bons reviews no Tripadvisor, é charmoso, tem um belo jardim, boas camas, internet de gratuita, agência de viagens e água mineral à vontade. Custa apenas U$16 por um double room.

Pagando um pouco mais e melhorando a hospedagem...
- Hotel Nirvana Garden, por volta de U$50 um double room
- Tibet Guest House, quartos enormes e super confortáveis, por U$40 um doublé room, mas é concorridíssimo e tem que ser reservado com bastante antecedência
- Arcádia Apartament Hotel, um apart hotel, com apartamentos equipados com cozinha, ar condicionado e Wi Fi, colado ao RoadHouse Café, no coração Thamel. Excelente!!
Custa U$45 por apartamento, quase um flat. Tels.4260187/4267885/4262768 - Email: arcadia@mos.com.np
É importante reservar com antecedência, está sempre lotado.

Restaurantes
Roadhouse Café, um belo italiano no coração do Thamel, com Wi-fi, um ótimo e perfeito spagetti a carbonara, al dente, difícil aqui na Ásia (Rs365/U$5) e um brownie, quentíssimo servido em um réchaud com sorvete, dos deuses, o melhor que já comemos em nossas vidas (RS225/U$3). Esse lugar é tudo de bom, fomos ali varias vezes!
Kaiser café, está dentro do Garden of Dreams. Vale muito para um chá, café ou uma cerveja! Tivemos ali um almoço, estava razoável, nada espetacular, há opções melhores no Tamel. Vale mesmo pelo lugar, que é delicioso e uma verdadeira paz, para que estamos a milhares de quilômetros da caótica Katmandu! Um almoço pra dois com bebidas custou U$22. Para ir ao restaurante tem que pagar 160 rúpias (U$2,20) para entrar no jardim.

Massagem
… uma hora de massagem nos pés, custou a bagatela 1.200 rúpias/ U$16.
Tem várias casas de massagem espalhadas pelo Thamel, fomos na The Real Therapy & Beauty Point, fica em uma galeria da rua principal do Thamel, atrás do Tom N Jerry Pub e do Full Moon Bar. É só perguntar por ali, que informam.
*Tem horários especiais com descontos.

Ver a cordilheira do Himalaia, sem escalar
Para fazer um passeio de bimotor ou helicóptero desde Kathmandu, sobrevoando o Himalaia por 2 horas, custa por volta de U$250 por pessoa. Quem faz?

Curiosidade… 
... O Buda, ou Gautama Siddhartha, nasceu no Nepal, na cidade de Lumbini, na fronteira com a Índia, em 563 a.C.
… 10% dos tibetanos exilados pelo mundo, vivem aqui no Nepal? Aqui tem cerca de 12.000 e estão concentrados principalmente entre Kathmandu e Pokara.
... a maioria da população é hinduísta, cerca de 80%. Cerca de 15% são budistas e 3% são mulçumanos.

O preço das coisas no Nepal...
- 365 rúpias (U$5) por um spagetti a carbonara, no Roadhouse Café, o melhor italiano do Thamel
- 1.600 rúpias (U$21,90) por um ótimo quarto de hotel com Wi-fi
- 700 rúpias (U$9,60) por um quarto simples, em guest house com Wi-fi
- 15 rúpias (U$0,21) por uma garrafa de água mineral de um litro
- 50 rúpias (U$0,68) para lavar um quilo de roupa na lavanderia
- 450 rúpias (U$6,16) por uma pizza para duas pessoas assada em
forno a lenha, no excelente restaurante italiano Roadhouse Café
- 1.200 rúpias (U$16) por 1 hora de massagem
- 1.900 rúpias (U$25) por um excelente almoço ou jantar, para 2 pessoas, com sobremesa e bebidas, no italiano Roadhouse Café
- 2.000 rúpias (U$27,60), por 8 horas de táxi, para te levar na Kathmandu Durbar Square, Templo e Ghat em Pashupatinath, Templo Boudhanath, Patan Durbar Square, Templo de Swayambhunath (Monkey Temple).

Visto
Todas as nacionalidades pegam visto na chegada, no aeroporto mediante ao pagamento de uma taxa de U$25. Exigem o comprovante da vacina da febre amarela para brasileiros.

Dicas
- O nosso taxista aqui, que nos levou em todos os passeios foi o Hari Kumal, o carro dele é velho como todos os táxis aqui no Nepal, mas ele foi ótimo, recomendamos! Os contatos dele: E-mail: kumal.harigovinda@yahoo.com. Tel. 9841577816. Barganhe que ele sempre abaixa um pouco do valor que pede inicialmente!
Links
Blog de Mochila, para trekking no Nepal, a Cecília dá dicas
Welcome Nepal, site oficial
Way Farers, excelente agência, recomendada pelo Lonely Planet
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